terça-feira, 22 de março de 2016

Curso de Roteiro Audiovisual - São Paulo/SP

Tudo bem? Este blog ainda está ativo? Passando para divulgar o curso que estou dando de roteiro.

Abraços!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Noites Brancas

Aproveito o momento divulgação do Caio para colaborar com um post que escrevi ontem para o meu blog www.collectivefeelings.com.


Espero que gostem!


Rafaella




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Hoje quis falar sobre a cena que, em minha humilde opinião, é a mais antológica do filme "Noites Brancas", dirigido e escrito por Luchino Visconti em 1957 e baseado no pequeno romance homônimo de Fiódor Dostoiévski. 


Antes de avançar, explico um pouco do contexto:
Mario (Marcello Mastroianni) e Natália (Maria Schell) são dois jovens extremamente introvertidos que se cruzam à noite em uma ponte erma de Veneza. Mario, acostumado a vagar nas ruas solitariamente, encontra Natália chorando. Desse momento em diante o par engata uma parceria contra a solidão, revezando os turnos de desabafos e, após um tempo, Mario inevitavelmente se apaixona por Natália. Se não, não seria um romance, e sim, uma história sobre os primórdios da terapia em grupo. O problema é que a jovem e ingênua Natália prometeu seu amor a um ex-inquilino de sua casa e já faz um ano que está a espera do seu regresso. Inquilino, ficante, ex namorado - vem todos do mesmo lugar e somem todos para o mesmo buraco. Coitada.


Mas, voltando ao que interessa, para mim, a cena a seguir, sintetiza bem a personalidade de ambos os personagens principais: ingênuos, solitários, pueris, desengonçados, inexperientes e ávidos por "viver".


A cena abre com algumas pessoas que estão na boate. Sensuais, desinibidas, esbaforidas e calorentas. Logo vemos Natália e Mario, ainda trajando seus casacos, discutindo os pesares de suas vidas. De vez em quando dedicavam o olhar para os lados e a energia do ambiente os contagiava lentamente. Eis que surge na cena um casal de dançarinos, completamente envolvidos no momento. A música de Bill Haley & His Comets deslancha em um crescendo e, pouco a pouco, espalha-se pela sala. O casal de dançarinos, que destaquei agora há pouco, segue em direção a Mario e Natália, que retrai timidamente, como uma criança. Aos poucos os casacos vão sendo tirados e, finalmente, levantam para dançar. 


O ápice da cena é quando Marcello Mastroianni decide ir para o meio da pista. Deu vontade de ligar pro Hitch e encomendar umas aulinhas particulares. Mas, mais importante do que a falta de coordenação do Mario é esse seu momento de libertação. Vemos Mario se esbaldando no estilo robocop dos anos 60 e Natália rindo e dançando como nunca.


Depois dessa cena, o ex-inquilino reaparece, promete todo o seu amor a jovem, depois a abandona; mario e Natália se separam e cada um segue o seu caminho e assim é a vida.  Triste? Não, necessariamente. A vida é decepção, frustração, solidão e angústia, sim. Mas no meio disso, sempre achamos um espaço para a felicidade e a descontração. Afinal, ninguém é de ferro. 



terça-feira, 24 de maio de 2011

BLOG - CAIO


Vou compartilhar aqui com vocês o meu blog pessoal, trato de emoções e cotidiano.
Por causa do meu tempo corrido não tenho feito manutenção nele, mas tem bastante
coisa antiga, espero que vocês gostem e vale-se lembrar que críticas são SEMPRE muito
bem vindas.


Até terça que vem,

Caio.

domingo, 22 de maio de 2011

Como escrever um roteiro.

Além das leituras recomendadas durante o curso existem outras formas de se familiarizar com esta forma tão distinta de dar vida a personagens e cenas. Um roteiro bem feito passa por diversos tratamentos antes de ser filmado. Durante as leituras são redefinidos diálogos, indicações de planos, cenas e orientações para a direção. O resultado final vira um filme, que odiamos ou adoramos,  por seu roteiro bem ou mal feito.

No site Roteiro de Cinema além de poder baixar centenas de roteiros de filmes brasileiros, gratuitamente, em versão pdf, você encontra também conteúdo didático (como por exemplo o Manual do Roteirista Autodidata), apostilas, cursos, entrevista com roteiristas e indicações de softwares usados no exercício da profissão.

Quem espera um dia tornar-se um roteirista de sucesso precisa lê-los para, então, entender como são feitos. Minha oficina particular começou com Cidade de Deus de Bráulio Mantovani, baseado no romance de Paulo Lins e filmado por Fernando Meirelles.

Vai lá e escolhe o seu.
www.roteirodecinema.com.br


ps: proponho uma discussão em sala de aula sobre o assunto, quem sabe até com a leitura de algumas cenas. O que acham? Escrevam aí nos comentários.

Um abraço
Thiago Lira

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dançando no Cine Belas Artes

Vejam este clipe cheio de referências cinematográficas. Aqui, a Trupe Chá de Boldo colocou diversos personagens da história do Cinema, juntos, no cinema.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Não se fazem mais romances

I Only Have Eyes For You sussurra no meu ipod e, como diz Carrie Bradshaw, I can't help but wonder: não se fazem mais romances como antigamente... Só pra constar, o que eu chamo de romance de antigamente é no tempo que meu avô centenário já era quarentão, ou seja, 1950 e poucos. 

Ultimamente, (aqui sim, nos últimos cinco,dez anos) os filmes "românticos" que rodam por aí, são tão repetitivos que, para mim, caem em duas possíveis categorias: batalhas entre os sexos com raiva, muita raiva ou então, tragédia com lágrimas, muitas lágrimas. 

E o tal do romance, pra onde ele foi? 

Será que a moda agora é pisar em cima do outro pra ver se ele realmente gosta de você? Torça o mamilo dele até ele pedir você em casamento! Ai ai... Ou então, já sei! Amarre o casal em duas cadeiras e force goela abaixo o amor eterno entre eles. E depois temos coragem de condenar os casamentos arranjados que ainda existem por aí.

Carta de Uma Desconhecida é um filme romântico dos anos 50, (escrito por Stefan Zweig e dirigido por Max Ophüls) que eu assisti no curso de Literatura e Cinema da PUC, algumas semanas atrás. É uma história simples, delicada e mais importante, romanticamente romântica. Daquelas que dá vontade de falar com a TV e avisar os personagens que eles acabaram de se desencontrar. Se fosse hoje, mandava um bbm ou um sms e resolvia a questão – mas não seria romântico.

O instantâneo, o fácil, o acessível, nunca foi nem nunca será romântico. E, infelizmente, esse é o mundo em que vivemos hoje. 

Coloco abaixo a cena que mais gostei de Carta de Uma Desconhecida. Como era fácil ir de Viena para qualquer lugar do mundo, quando o romance está no ar...


(texto retirado do blog: www.collectivefeelings.com)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Da sala de aula direto para a internet.

O tempo passa rápido.
Eu, particularmente, adoro esse clichê.

Ultimamente tem passado tão rápido que quase nunca é possível concluir certos assuntos, estender os debates, por os pingos no 'is' e os pontos finais. Na grande maioria das vezes vemos uma torrente de informações passar por nós sem que tenhamos a menor chance de agarrá-las. Foi por isso que decidi criar este canal.

Este blog servirá como forma de comunicação entre os alunos do curso Literatura e Cinema da PUC-SP. Através dele vai ser possível compartilhar reflexões sobre os filmes vistos, links, ideias, artigos, referências sobre Literatura, Cinema e tudo que você, querido cinéfilo e leitor voraz, bem entender.

Por último, mas não menos importante: todos os alunos estão convidados a compartilhar também os textos produzidos no decorrer do curso.

Espero que aproveitem bem.
Um abraço.

Thiago Lira